terça-feira, 31 de maio de 2011

Mundo Matrix




Muita gente sabe o quanto eu gosto de viajar e o quanto eu viajava. Sempre que estou em outro país, ou outra cidade,  eu tenho a sensação de que estou em um mundo paralelo, algo semelhante a Matrix, ou como se você entrasse em um programa de televisão e vivesse outra realidade, completamente diferente da minha verdadeira.

Esta sensação é muito gostosa para mim. É como se eu pudesse vivenciar mundos com regras e padrões completamente diferentes. Por exemplo, como estou em Recife, tenho outras pessoas da minha família, as quais  eu adoro e que normalmente eu não convivo... Na casa da minha prima Verushka, há 2 meninas fofuchas que eu me divirto muito.. Elas têm uma forma de falar, de pensar e estruturar a vida é completamente diferente da realidade paulistana.

Fiz um curso nos Estados Unidos, agora em maio, onde as pessoas, os americanos, tinham uma forma de trabalhar em sala de aula muito diferente. Eles possuem uma praticidade na forma de responder e de interagir muito mais fluida e menos “enrolada” que a nossa. Nós brasileiros, demorávamos quase 10 minutos para começar a responder a pergunta que havia sido feita pelo professor, 5 minutos gastávamos somente para entender a tarefa e os outros 5 minutos eram somente para jogar conversa fora.

Agora que não estou no mundo empresarial, parece também que estou  viajando. Antes eu tinha uma rotina de empresária, as minhas preocupações eram focadas em resultado e em garantir uma meta ou um processo. Agora eu vivo uma rotina focada nas pessoas, nas pequenas coisas do cotidiano que antes eu nem pensava, como por exemplo, ir arrumar o canal da Tv na casa da minha mãe, que a minha avó de 91 anos desregulou e a minha mãe não sabia como arrumar. Ou também, poder ficar com a minha madrinha no hospital. São sensações e vivências completamente distintas.

Acho que na verdade, existem vários mundos reais, muitas realidades e muitas formas de enxergar uma mesma realidade. Quando estamos emocionalmente abaladas, olhamos o mundo de uma maneira mais sensível e mais intensa, o mesmo ocorre quando estamos focados somente na razão, o mundo fica frio e racional.

Realmente, eu não sei se é isso que faz com que as pessoas queiram sair de casa, mas no meu caso, considero que é devido a minha alma cigana que consigo curtir as realidades, sem sentir saudade, pois quando a gente tem um vínculo real e verdadeiro com as pessoas, nem sempre precisamos ficar perto, simplesmente podemos pensar e lembrar.

Amo muito esta perspectiva MATRIX que tenho dentro da minha cabeça e do meu coração.