domingo, 4 de setembro de 2011

O que acontece depois que tudo muda?


Tive uma professora da PUC que dizia que há sinais em tudo. Dizia que tínhamos que prestar atenção nos acontecimentos e nos aprendizados que podemos ter com estes sinais. Dizia isso para as coisas mais simples, como por exemplo: Porque estamos assistindo este filme hoje e não ontem ou amanhã? O que tem que aprender hoje com isso.


E hoje quando entro em casa e ligo a TV e pela 4ª vez está passando “Comer, rezar e amar” vejo que a minha vida mudou e que as coisas que passei e que estou passando me levarão para outro sentido na vida. Não que o sentido que eu estava era errado, mas simplesmente, não é mais a direção que tenho que ir para crescer e me desenvolver.
É estranha e muitas vezes dolorida esta mudança, ainda mais quando se tem uma história já trilhada e que com ela temos uma série de equipamentos e bagagens que servem para um determinado tipo de estrada. Penso que estava em uma estrada de asfalto larga, longa e que tinha que ter um carro muito potente para dar contar da velocidade necessária. E muitas vezes, neste final, já estava imaginando que ou trocava de carro ou simplesmente mudava de estrada.
Só que eu percebi que não dá para mudar de carro, que vc é o que vc é!!! Eu não sou uma Ferrari, que anda em alta velocidade pelas grandes estradas, sem perceber a paisagem e simplesmente sentindo o vento no rosto.
Eu ainda não consigo reconhecer que carro eu sou, mas sei que adoro ver a paisagem ao meu lado, posso até correr, mas dentro da velocidade permitida, sem atropelar as coisas e as pessoas. Gosto de curtir a estrada, mesmo que sejam as nuvens do céu ou a imagem de uma cidade abaixo, como se eu tivesse brincando de Lego ou Cityville.
Tem horas que me sinto um carro, horas um avião, uma bike ou um trem. Só sei que depois que passa a dor da despedida daquela vida, e a gente aprende a desapegar um pouco e a perspectiva da vida muda.Acredito que quando a gente muda ou quando a vida muda tudo para gente, as possibilidades se abrem, e que podemos girar 360°, mesmo que já tenhamos uma grande bagagem, e se conectar com o coração e sentir a melhor direção a seguir, mesmo sem saber qual é a rota e o veículo.

domingo, 3 de julho de 2011

Inverno, Faxina e organização

Para nós aqui no Brasil, o inverno não é uma estação tão forte e marcante, mas com certeza é a estação do ano, onde as pessoas ficam em suas próprias  casas para suportar o frio e com isso, começam a procurar coisas para se ocuparem, como por exemplo, um faxina geral, um momento de organização de papeis ou até mesmo convidam seus amigos e familiares para tomar um cafezinho ou um jantarzinho .

Este ano em especial, o inverno  está sendo muito importante para mim, estou reorganizando a minha vida. Seguindo a minha pergunta do ano: O QUE REALMENTE IMPORTA NA VIDA?  

Neste processo de reiniciar uma nova fase da vida, comecei neste inverno, uma faxina bem grande, joguei um monte de papeis fora, em todos os sentidos. Acredito que um pedaço da minha personalidade está  indo embora, estou deixando de ser a Paula Oliveira para ser a Paula Alessandra de Oliveira. Isso parece uma bobagem, mas significa assumir a minha verdadeira missão e a minha verdadeira personalidade.   

Neste processo de introspecção, a gente só deixa entrar na nossa casa, quem realmente significa, as pessoas que com amor trazem certo conforto para nossa vida.  Acredito que ninguém goste de pessoas superficiais e que nos agridem, entrando em nossa intimidade. Estas pessoas ficam somente no ambiente mais distante, como o do trabalho ou dos bares.

Vocês não acham que seria absurdo para nós aqui no Brasil, o dia dos namorados ser no dia 14 de fevereiro? O dia dos namorados cair no meio do carnaval? Seria um contra-senso... Este dia está associado à intimidade e intimidade à inverno, sendo assim, o nosso dia dos namorados fica marcado para uma época mais fria, afinal amor combina bem com intimidade...

Podemos também associar o AMOR  com a faxina. Parece estranho, né! Para conseguirmos limpar a nossa alma, temos que ter amor próprio para jogar fora um monte de coisas que não serve mais. Para separarmos roupas para doar temos que ter amor ao próximo. Para transformar qualquer coisa para melhor, temos que ter fé e amor na vida, para nos entregar ao desconhecido.

Inverno seja bem vindo com todo o seu potencial de limpeza, amor e transformação!!!!!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Dimensão temporal

Hoje eu vou simplesmente levantar algumas questões  e reflexões sobre o TEMPO e a DIMENSÃO TEMPORAL:

·         O que significa fazer 80 anos? O dobro do que eu tenho... Isso é tão estranho, é como se fosse 2 vidas minha. Hoje eu penso em como vou usar esta segunda metade da minha vida, isso se eu tiver mais 40, posso ter bem menos...



·         Quando se tem uma doença crônica, como se encara o tempo? O dia de hoje tem um significado cada vez maior, com umas 36 hs/ dia, enquanto há dias que em as 24 horas parecem somente 12. Como aproveitar estas 24 horas de maneira integra e consciente?



·         Atuar como “bombeiro” é muito  diferente de senso de urgência . E neste meio todo como planejar para realizar tudo o que tem que fazer? E como se organizar no tempo se não sabemos o que fazer em médio prazo?



·         Quando se tem uma cabeça que pensa muito mais rápido que o normal, como conseguir paciência para esperar o corpo ou as outras  pessoas?



·         Qual o papel da maturidade, neste processo temporal ?



·         Como a gente e percebe  sente a sincronicidade do tempo?  Estar no lugar certo, no tempo certo, no dia certo, com as pessoas certas. Quando isso ocorre, tenho a nítida sensação de pertencer ao universo e que ele está ao meu favor, ou eu estou a favor dele. A sensação é indescritível!! Parece que a minha cabeça, o meu coração e meus braços e pernas estão extremamente alinhados e tudo no lugar certo.



·         Quando as coisas estão mudando, mas na realidade, ainda não mudaram, como fica a perspectiva temporal da espera para que tudo realmente mude de vez... Como lidar com a expectativa do futuro, limpo e vazio... Parece que tudo é possível  e  ao mesmo tempo parece que nada será  possível...



Gente, sentir o TEMPO é uma delícia e saber qual sentimento ele nos mobiliza é o que nos torna vivo. Quando o tempo passa e não sabemos como estamos vivendo, não sabemos se estamos realmente vivendo.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

As mudanças da vida


Todos dizem que sou uma pessoa muito criativa, e que gosto bem de inventar. Concordo muito com esta colocação, porém acredito que seja importante ressaltar que o processo de criação não é algo que você dorme e acorda com a solução ou com algo  pronto. Ele é decorrente de dias pensando, analisando e sentindo para depois vir um “pluft” com a idéia saltando.

Tudo isso é completamente diferente da vida lhe proporcionar um momento de mudança. Os sentimentos, as vontades e todo o processo envolvido é completamente diferente. Penso muitas vezes, que você se prepara para evoluir e de repente, alguém lá em cima, puxa uma fichinha e escolhe a prova, e você é testado se realmente aprendeu a lição ou não.

Outras vezes, eu penso que estas mudanças são construídas bem devagar com um grande tapume na frente, como uma grande obra que os nossos olhos ainda não estão preparados para enxergar, e de repente  tiram os tapumes e você enxerga que tudo já mudou.

Não sei se vocês se lembram de como era a Vila Olímpia.. Alguém imaginava que haveria uma grande avenida larga com um fluxo gigantesco...  É assim que eu me sinto uma Vila Olímpia, que precisa aprender, em quais ruas eu irei transitar e onde eu poderei atravessar , quais são os cruzamentos e tudo mais...

Nestas fases de nossas vidas, percebo que o teste maior é para saber se você tem coragem? Se tem integridade? Se tem fé na vida? Se tem amigos e famílias ao seu lado? Se pode chorar e rir no ombro de alguém  que vc realmente confia? Se sabe aceitar as regras da vida? E principalmente o que você e as suas opções que te levaram para tudo isso,qual a sua responsabilidade nesta mudança toda...

Não sei, mas o mais difícil para mim, nesta fase de mudança, é segurar a ansiedade em não ter um futuro programado e estável. Nesta hora, o meu lado capricorniano empurra o aquariano para o lado e fala: Vai a luta da estabilidade e da segurança, pois desta forma eu te deixo voar e criar...

As emoções geradas a partir desta mudança são gigantescas e volientas. Um dia tristeza, no outro dia, a raiva. Uma hora você se culpa, em outra, você ataca. Em um minuto você é pequena, e no outro você é grande. Fico grata a minha terapia que me ajudou a lidar com tudo isso, e a respeitar cada sentimento, sem que eles  se cristalizem e se tornem uma verdade absoluta.

Ainda estou no meio do processo de mudança, tem muita água ainda para passar debaixo da ponte.. Acredito que a minha forma de enxergar a vida já estava mudando e agora mais do que nunca, irá mudar. Passei a olhar a vida com uma lente mais amorosa e amiga. Mesmo sem saber para onde ir, confio na minha capacidade, no meu olhar mais amoroso, na minha inteligência e acima de tudo, nos verdadeiros amigos  que eu conquistei durante a minha vida  e na minha família que me apóiam pelo que eu sou.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Mundo Matrix




Muita gente sabe o quanto eu gosto de viajar e o quanto eu viajava. Sempre que estou em outro país, ou outra cidade,  eu tenho a sensação de que estou em um mundo paralelo, algo semelhante a Matrix, ou como se você entrasse em um programa de televisão e vivesse outra realidade, completamente diferente da minha verdadeira.

Esta sensação é muito gostosa para mim. É como se eu pudesse vivenciar mundos com regras e padrões completamente diferentes. Por exemplo, como estou em Recife, tenho outras pessoas da minha família, as quais  eu adoro e que normalmente eu não convivo... Na casa da minha prima Verushka, há 2 meninas fofuchas que eu me divirto muito.. Elas têm uma forma de falar, de pensar e estruturar a vida é completamente diferente da realidade paulistana.

Fiz um curso nos Estados Unidos, agora em maio, onde as pessoas, os americanos, tinham uma forma de trabalhar em sala de aula muito diferente. Eles possuem uma praticidade na forma de responder e de interagir muito mais fluida e menos “enrolada” que a nossa. Nós brasileiros, demorávamos quase 10 minutos para começar a responder a pergunta que havia sido feita pelo professor, 5 minutos gastávamos somente para entender a tarefa e os outros 5 minutos eram somente para jogar conversa fora.

Agora que não estou no mundo empresarial, parece também que estou  viajando. Antes eu tinha uma rotina de empresária, as minhas preocupações eram focadas em resultado e em garantir uma meta ou um processo. Agora eu vivo uma rotina focada nas pessoas, nas pequenas coisas do cotidiano que antes eu nem pensava, como por exemplo, ir arrumar o canal da Tv na casa da minha mãe, que a minha avó de 91 anos desregulou e a minha mãe não sabia como arrumar. Ou também, poder ficar com a minha madrinha no hospital. São sensações e vivências completamente distintas.

Acho que na verdade, existem vários mundos reais, muitas realidades e muitas formas de enxergar uma mesma realidade. Quando estamos emocionalmente abaladas, olhamos o mundo de uma maneira mais sensível e mais intensa, o mesmo ocorre quando estamos focados somente na razão, o mundo fica frio e racional.

Realmente, eu não sei se é isso que faz com que as pessoas queiram sair de casa, mas no meu caso, considero que é devido a minha alma cigana que consigo curtir as realidades, sem sentir saudade, pois quando a gente tem um vínculo real e verdadeiro com as pessoas, nem sempre precisamos ficar perto, simplesmente podemos pensar e lembrar.

Amo muito esta perspectiva MATRIX que tenho dentro da minha cabeça e do meu coração.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

8º Momento – Hábitos

Uma das coisas que eu mais gosto de ver quando estou viajando são os hábitos das pessoas. Como cada país, ou cada povo cria um hábito diferente para realizar as coisas mais cotidianas da vida. Como o hábito do café ou do chá...

Brasil – Temos o cafezinho, que é forte e encorpado, servido em pequenas doses e em xícaras pequenas.

USA – Tomam café, porém é fraco e parece um chá, servido sempre em doses grandes. Geralmente, as pessoas andam tomando este café na rua.

Argentina – Eles têm o mate, que é um chá servido em cumbuca, ou melhor, o chimarrão. É algo que as pessoas dividem sem problema algum.

Turquia – Eles têm um chazinho que é servido em um copinho pequeno (bem bonitinho!), que em todos os lugares servem isso.. Igual ao nosso cafezinho...

Inglaterra – O chá inglês, servido em todos os lugares.

França – Aqui tem tanto turista que não dá para saber o hábito... rsrsr

Não é interessante! O ser humano necessita de uma parada durante o seu dia e geralmente faz com algum tipo de bebida quente, chá ou café, só que cada cultura estabelece um ritual diferente... É muito difícil você conseguir levar um ritual de uma cultura para outra. Quem nunca comprou no Starbucks uma garrafinha para tomar café ou algo parecido e quando chega aqui no Brasil não usa. Acredito que esse tipo de atitude está muito ligado a necessidade de socialização e pertencer a algo, de fazer parte.

O que eu acho mais legal de tudo isso é poder tentar entender os porquês das formas de criação de hábitos. O americano toma café andando para se esquentar ou porque está com pressa? Porque a gente aprendeu a gostar de um café super forte? Porque na Turquia eles usam uma tacinha de vidro que queima os dedos? Porque na Argentina as pessoas gostam de tomar o chimarrão todos juntos, no mesmo canudo?

Adoraria saber mais sobre isso, mas isso com certeza é conversa de bar.....

quarta-feira, 27 de abril de 2011

7º Momento – Tem sempre alguém querendo tirar vantagem ..

É muito interessante quando você está fora do país e começa a perceber os hábitos das outras pessoas e o porquê de termos algum tipo de fama. O mais incrível de tudo isso, não são os nossos estigmas, mas sim que há gente de todo o jeito em todos os lugares.


Tínhamos em nossa excursão a Turquia, algumas velhinhas e velhinhos que tinham saúde de sobra. Nenhum deles estava com alguma lesão visível ou tinha uma deficiência para entender ou para andar, todos estavam bem saudáveis. Mas porque então, sempre furavam as filas? Sempre se colocavam na frente das pessoas, como se não existisse grupo? Sempre puxavam conversa com alguém que estava em um bom lugar na fila? E isso não tinha nada haver com nacionalidade e sim falta de educação.



Aqui em Paris é a mesma coisa. Não importa a nacionalidade há sempre alguém querendo tirar a vantagem do outro. Ontem eu estava passando no metro e um cara grudou-se em mim para passar na catraca e entrar sem pagar. Sou estrangeira, não sei se posso ou não brigar com ele, eu simplesmente, o deixei passar.. Não vou arrumar briga em outro mundo.



Fico pensando que durante anos nós brasileiros, fomos estigmatizados por vários pré-julgamentos, como por exemplo, a Lei de “Gerson” – Querer tirar a vantagem de tudo. E por pertencer ao 3º mundo e isso é sinal falta de educação. Como tudo isso é relativo!!! O que ser sem educação: furar a fila! Não pesar a mala! Passar na catraca sem pagar!



Educação é algo que se adquire com a família, em casa, com algumas frases que a gente nunca esquece, tais como:

• Lave as mãos antes de comer!

• Escove os dentes!

• “O seu limite termina onde começa do outro”

• Todas as pessoas precisam ser respeitadas, não importa a cor, o dinheiro e a nacionalidade.

• A verdade é sempre o melhor caminho. A mentira tem pernas curtas

• Não coma todo o bolo, tem mais gente para comer.

São estas frases que escutamos em toda a nossa infância que faz com a gente perceba que existe o outro, que não estamos sozinhos no mundo, e nem que o mundo foi feito só para nós.

É isso que faz com que a gente descubra que não somos o “Umbigo do mundo”. Há sempre alguém ao nosso lado, esperando numa fila, querendo ver o monumento ou pagando pelos seus excessos..

quinta-feira, 21 de abril de 2011

6º momento - Obedecer faz bem!!!!

Eu nunca imaginei que um dia eu falaria esta frase: Obedecer faz bem para alma!!!

Passei 40 anos da minha vida lutando, brigando e não aceitando o que a vida estava me dando, simplesmente por princípio. Essa rebeldia me ajudou a conquistar muitas coisas nesta vida, porém, esta briga era proveniente de um incômodo interno, que por mais que eu quisesse, não conseguia me livrar dele.


Ruínas de Efesus
 Acho que fiz e ainda faço terapia somente para tentar me acalmar e para poder saber de onde vem este incômodo, o qual eu passei anos jogando nas costas de outras pessoas. Finalmente, descobri que tudo isso era meu e que ninguém poderia ser responsável por este sentimento. Ao mesmo tempo em que isso foi péssimo, foi bom, pois pude transformar um pouco esse incômodo.

Mas vamos ao que interessa... Nesta viagem para Turquia eu descobri, que quando se confia em algo, ou em alguém, obedecer é um processo tranqüilo, calmo e acima de tudo acolhedor. Tivemos um guia altamente autoritário, que parecia um general, mas que ao mesmo tempo, cuidava de todos os detalhes, como por exemplo: pedir para lavar os banheiros antes de chegarmos a cada parada do ônibus nas estradas, como também, organizar a nossa ida a uma ruína que só vale a pena se não tiver ninguém na sua frente, que nos dava todos os detalhes da história, tornando a viagem bem gostosa.

Issac (Guia) e Lucia (Amiga do Rio) - Capadocia
Percebi que só consegui sentir esta confiança e não impliquei com o guia, porque mudei o meu referencial interno, consegui aumentar a minha auto-confiança, algo que era molecular... É uma delícia saber que há gente que podemos confiar e que não preciso mais ficar me defendendo o tempo todo de pessoas queridas e doces, mesmo que sejam autoritárias...

O mais legal da história é que neste período eu consegui ser eu mesma, sem precisar me defender de tudo e de todos, pude curtir um monte de pessoas estranhas e pude fazer vários amigos.

Eu só gostaria de agradecer a algumas pessoas neste processo: Em especial a minha mãe, que aceitou o desafio de ser minha mãe nesta vida, que foi uma das pessoas que mais sofreu neste processo, tenho certeza que ambas crescemos muito neste processo. Ao Rubens que me ajuda a enxergar tudo isso e aos meus guias espirituais que nos momentos mais difíceis acalmam o meu coração com um amor incondicional e com palavras doces e fortes que me orientam.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

5º Momento – Há de tudo em todos os lugares

Estou no aeroporto de Valência esperando para pegar o meu vôo para Istambul e como não tenho nada para fazer, e estou com sono, nem posso continuar ler o meu livrinho... Então, eu resolvi observar as pessoas a minha volta...

Uma das coisas que me chamam atenção aqui na Europa é a quantidade de pessoas idosas que existem aqui.. Agora mesmo acabou de passar um grupo da 3ª idade com mais ou menos umas 100 pessoas... Fiquei pensando, na minha excursão... Qual será a predominância de pessoas? 3ª idade, adolescentes, famílias, casais .... Vamos ver!! No próximo momento eu conto para vocês.

Na verdade, eu resolvi fazer este post, não somente por causa disso, mas porque presenciei uma cena que somente esperamos ver no Brasil...

Estou sentada a frente do meu portão de embarque, só que estou muito adiantada, então há uns 2 voos antes do meu... O embarque que estou observando agora, eu nem sei para onde vai, mas sei que é um vôo da “ Ryanair”, que tem como slogan “ allways on time” . Eles tem uma regra onde cada pessoa só pode levar 1 mala de mão com no máximo 10 kilos... Até ai nada demais, né!

Há um processo para embarcar, cada um tem que pesar a mala, há um carrinho com uma balança e uma mulher com uma maquininha de cartão de crédito para utilizar com todos que tiverem as malas mais pesadas, depois passam pela policia federal e depois entram no avião. Teve uma menina que estava com seus pais , ou avós, não sei, mas que tentou fazer o equilíbrio de pesos entre as malas e coitada! A pobre coitada deve ter colocado cada uma das malas umas 4 vezes, isso é como você fazer uma musculação em nível avançado para os braços...

Estava vendo aquela confusão e uma fila enorme, quando de repente, um casal sentou ao meu lado, eram ingleses, e ficaram observando as moças da Ryanair pesar as malas, quando de repente levantaram e logo foram para a fila da polícia federal, que fiquei observando os dois, que na maior cara lavada, furaram a fila, pularam a pesagem e continuaram rindo o tempo todo, como uma cena de filme. Tive uma grande vontade de entrar e ver se alguém havia visto, mas não. Estavam todos tão preocupados em pesar, passar na polícia, ou melhor, em entrar no avião, que ninguém percebeu o que os dois haviam feito.

Às vezes, a gente, nós brasileiros, achamos que isso só acontece em nosso país, mas não, isso não é verdade, esta malandragem existe em qualquer do mundo. Temos que estar alerta sempre.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

4º momento – META DO ANO 2011 – Verão 2012

Nos posts anteriores toda a reflexão foi baseada em um momento onde o meu corpo estava repleto de toxinas e irritado... Agora depois de um monte de relaxamento e de muito “xixi”, a perspectiva da vida muda um pouco...

Todos deveriam merecer, ou lutar para ter um tempo para limpar as coisas negativas e sujas que colocamos em nosso corpo.. Mas só conseguimos fazer isso quando estamos em um estado além do limite, ai sim conseguimos dar um tempinho para nossa “alma” voltar a viver.

Nesta temporada inicial das minhas férias, fiquei pensando em uma coisa... Pensem comigo:

• Todo mundo gosta de comida bem feita e boa, mesmo que seja um pouquinho;

• Todo mundo gosta de estar em m lugar bonito com uma natureza bem verdinha e um céu azul;

• Todo mundo gosta de estar com as pessoas queridas, mesmo que seja uma só e de vez em quando;

• Todo mundo gosta de se sentir bem;

• Todo mundo gosta de estar feliz nem que seja por 1 segundo;

• Todo mundo gosta de um elogio, mesmo que não saiba como lidar;

Diante de tudo isso, eu pensei: eu até sou bonitinha, então porque deformar o meu corpo se eu posso tê-lo bem e saudável... Terei que fazer um sacrifício, para jogar fora todo o estrago que fiz com meu corpo.

Meu objetivo atual é receber elogios do tipo:

• Como vc está bonita hoje?

• Nossa, vc ta tão linda!

• Essa roupa te caiu muito bem!

O que eu não quero mais:

• Vc é tão simpática!

• Tem um rosto lindo!

• Vc é um amor!!!

Vou mudar tudo isso!!!! Vamos a luta... Comer isopor, tomar chá, fazer mais ginástica e tudo mais.... Cansei de ser feia, coisa que eu nunca fui, mas sempre achei.. Agora a minha auto-estima subiu, preciso ter um corpo à altura dela, porque rosto eu já tenho.....

Bom dia a todos,

quarta-feira, 6 de abril de 2011

3º momento – O que devo aprender: O erro que vira julgamento!!!

Acredito que temos que aprender as pequenas coisas da vida, as quais são as mais difíceis de serem desenvolvidas... Por exemplo: é muito fácil, não matar e não roubar e até mesmo segurar a sua agressividade, mas é muito difícil você conseguir não julgar e não ser julgado...

Quantas vezes, a gente erra, por descuido, por não saber, por realmente não prestar atenção no que está fazendo. E alguém começa a julgar as razões de seus erros... E isso acontece com todos o tempo todo...

Será que realmente o erro é permitido? Ou é uma hipocrisia... Hoje eu fui julgada fortemente pela moça que trabalha na minha casa, que disse que estava fazendo as coisas por maldade... Realmente não tive a intenção de erras, mas um julgamento destes leva a gente pensar no tipo de relação que plantamos. Acho que muitas vezes ela errou e eu fui extremamente dura com ela, e até julgando. Só que a relação, seja ela qual for, quando chega neste ponto é sinal que não faz mais sentido conviver.

Acho que é só na hora que somos julgados é que percebemos o quanto isso é dolorido. Somos julgados pela roupa, pela cor, pelo poder, pelo dinheiro que não temos ou até mesmo o que temos.. Pelo tamanho, pelo cabelo, por fazer algo ou por não fazer.

Que princípio das relações é esse? Será que temos realmente que julgar? Por que esta sociedade, nos impõe isso? Há um código velado de pertencimento, onde quem não se adéqua está fora.

Podemos divagar um monte sobre o julgamento, mas o que eu quero deixar aqui, é que temos, e isso começa por mim, a fazer uma reflexão sobre o “ erro”. Como errar sem ser julgado? Ou como se deixar errar sem ter medo do julgamento?

A única resposta que me passa na mente é que fazer as coisas com a certeza do coração faz com a gente erre “bem”, e que quando julgada, a certeza do fazer é tão grande , que as pessoas podem julgar a vontade, que não fixa este julgamento na nossa alma.

O duro é quando somos inseguros ou quando não estamos conectados com o coração e  esta certeza não vem e tudo entra machucando. Vale pensar!!!!

terça-feira, 5 de abril de 2011

2º Momento – O que a gente faz com o nosso corpo!

Fico indignada comigo mesma... Porque deixo as coisas chegarem a um ponto quase insustentável... A minha mãe sempre diz que eu não tenho limite e acho que isso á uma verdade.

Qual o limite de comer? Qual o limite de trabalhar? Qual o limite de se divertir? Qual o limite de se estressar? Qual o limite da vida?

Sempre achei o máximo esta questão de superação, sabe aqueles filminhos americanos, onde tem sempre alguém que luta contra algo, um preconceito, uma doença, algum amor impossível e até mesmo conquista uma guerra e no final dá tudo certo. Será que na vida real é isso mesmo!!! Tenho dúvidas...

Qual a diferença entre estabelecer um limite ou reconhecer o limite? Acho que esta é a grande chave para viver. Tenho certeza que muitas das minhas metas pessoais eu atingi, consegui superar um monte coisas, mas a que preço!

Hoje aqui muito distante do meu mundo, com um monte de gente estranha que vive de forma diferente, que tem outra maneira de pensar, analiso se realmente tomei as decisões certas, pois o meu corpo está completamente intoxicado. Será que se desenvolver é isso? OU se estou desenvolvendo a coisa errada? Tenho dúvida.

Será que dá para encarar a rotina estressante de outra forma? Se existe eu ainda não descobri.. Só tenho a certeza de que não quero fazer isso outra vez comigo, isso não é certo

domingo, 3 de abril de 2011

Ex- nucleoless

Acho que passei 40 anos da minha vida me sentindo uma estranha no ninho, uma pessoa que não pertencia a lugar nenhum e nem mesmo sentia empatia com a maioria das pessoas. Me achava esquisita, estranha e acima de tudo solitária.

E devido a este sentimento fui buscar terapia a qual faço até hoje, em todos os momentos a sensação de solidão me perseguia. Era quase uma solidão de alma, um sentimento profundo que gerava em mim uma raiva e  uma forma de me conectar com o mundo rude e muitas vezes agressiva. Só quem conseguia ultrapassar esta barreira, eu mostrava o meu lado doce e amável... Imaginem que quase niguém... E olha que tentaram

Imaginem que este comportamento só afastava as pessoas de mim, e o sentimento de solidão aumenta cada vez mais... E assim por 40 anos eu me senti uma pessoa incapaz de forma um núcleo, porém isso é só um sentimento e não a realidade,. É somente uma perspectiva na vida.

Depois de 20 anos de terapia, olha que suados.... Percebo que o meu problema não é de formar um núcleo e sim reconhecer que o meu núcleo é bem amplo..  Que tenho um amor enorme pela minha família, pais, irmãos, sobrinhos, pelos meus amigos e pelas pessoas que trabalham comigo e isso  faz com que meu núcleo não seja pequeno e sanguíneo, mas querido e amplo.

Acho que o meu sentimento de liberdade, de autonomia e a minha vontade de voar, fez com que o meu núcloeo fosse enorme, a única diferença é que o meu contato com estes núcleo não seja constante e continuo e de 24 horas, mas sim verdadeiro e presente e ligado por um sentimento muito forte.

Nesta história de nucleoless, percebo que o que realmente importa não é a proximidade e sim a força das relações, o carinho e amor que temos pelas pessoas que nos cerca, o quanto você demonstra e recebe o que realmente importa nesta vida.