domingo, 28 de fevereiro de 2010

Família

Uma coisa muito engraçada aconteceu comigo!!! Hoje por mais que eu seja uma "nucleoless", me sinto pertencendo a um grande núcleo. Vou explicar melhor a minha história e vocês entenderão as minhas escolhas e  o porque disso tudo!

Quando eu era pequena, tinha uma mega sensibilidade, e todos me perturbavam. Era extremamente perturbável, era só um dos meus irmãos me olharem, que eu começava a chorar. Juro, não precisava falar, era realmente ,só me olhar!!!! Acho que o meu sonho de infância era ter o poder da invisibilidade, assim ninguém ia me perturbar... Até a minha mãe ria!!!! Hoje, olhando de longe, realmente era insano e engraçado.... Mas na época, eu odiava!!!

Imaginem uma menina, no meio de 2 irmãos e na adolescência ganhar de presente mais 2 Primos- irmão para ajudar a controlar a sua vida!!!! Nesta fase, o tipo de perturbação mudou, eles começaram a ter ciúmes. Ninguém podia chegar perto de mim,! Mais uma vez, insuportavel!!!! Imaginem como eu me sentia sufocada e queria o meu espaço e a minha vida.

Para escolher a faculdade, foi um problema e uma grande dificuldade. Imaginem que eu fiz Magistério, depois prestei arquitetura (só este episódio, é um post), passei em física, depois larguei e comecei tudo de novo, prestei pedagogia e psico e continuei tentando a arquitetura. Só depois, eu realmente me fixei na psicologia. Agora, vocês podem imaginar as confusões causadas na minha família!!

Depois parece que fui ficando mais calma e "aprumada". Isso na minha visão, claro! Não na visão da minha família. Meu pai, ficou inconformado com o fato de eu ter largado a física, depois por não querer trabalhar com ele,  depois por querer passar um tempo fora do país  e por fim, por não ter saido de casa, casada.

Há 10 anos moro sozinha e muitas vezes entrei em crise por estar sozinha e principalmente por ser uma pessoa "nucleoless", que significa que não ter um núcleo familiar,  e sim pertencer ao núcleo dos meus pais.

Hoje aos 40, enxergo tudo diferente...  Me sinto pertencendo a um grande núcleo, composto por vários pequenos núcleos, alguns com muitas pessoas e outros com poucas... Hoje eu percebo que toda a perturbação da minha familia comigo, era simplesmente uma forma de dizer eu te amo. Agradeço a possibilidade de ter mudado a minha forma de enxergar a vida e de perceber  o quanto eles me amam e do quanto eu amo esta  GRANDE família.

Adoro todos!!!! Mil beijocas!!!

3 comentários:

  1. Gleice de Rezende Fernandes28 de fevereiro de 2010 às 19:37

    Tenho muito orgulho em fazer parte desta família maravilhosa e ter a Paulinha como prima-irmã.
    Durante a minha adolescência ela foi fundamental, pois foram várias conversas com muito amor e paciência e se tornou uma referência na minha vida.
    Obrigada por tudo e o seu lugar neste núcleo está garantido.
    Te amo muito

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  2. EBA!!!! Mais um núcleo para eu entrar.... Obrigadinha por tudo...

    bjs

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  3. Eu adoro essas histórias familiares...quem pode ver e rever a própria história, é mesmo um grande aprendizado!

    Pequena Miss Sunshine como retrato do seu post!

    Beijos,

    Leitora Assídua

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